Nº 1268 – ANO XXV – 11 a 17 de janeiro de 2025
O Espírito Santo é Deus em toda Sua Personalidade e Poder, tal como está presente no mundo hoje. Este livro que chamamos comumente de “Atos” É, NA VERDADE, A HISTÓRIA DE ALGUNS ATOS DO ESPÍRITO SANTO, por meio de alguns apóstolos da Igreja Primitiva. É o mesmo que dizer que são os atos do Cristo glorificado.
A ordem em que encontramos os 27 livros do Novo Testamento não está de forma cronológica, isto é, segundo o tempo em que foram escritos. Estão colocados segundo o tema que tratam. Primeiro os 4 Evangelhos (ou seja, o nascimento, vida e ministério do Senhor Jesus Cristo), onde 3 são chamados de sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas – por apresentarem muitas semelhanças na narrativa, linguagem, conteúdo e estrutura), mas o Evangelho de João não. João vai mais atrás na sua história que os outros três, pois fala de Cristo na eternidade passada e também é o evangelista que mais fala acerca do futuro, em que revela mais detalhadamente a vinda e o ministério do Espírito Santo.
O Espírito Santo é a 3ª pessoa da Trindade Divina. Foi enviado por Deus, assim que Jesus retornou aos céus.
Ele é uma pessoa, Ele nos guia à toda verdade, e o livro histórico de Atos, o escritor Dr. Lucas, se preocupou em registrar exatamente como o Espírito Santo veio ao mundo, e qual a diferença entre a Antiga Aliança (Lei) e a Nova Aliança (Graça), onde na Antiga, o Espírito Santo era somente de visitação, mas na Nova, de habitação.
Podemos fazer a seguinte analogia: No Pentateuco e nos livros históricos do Antigo Testamento há os mandamentos e as leis do Senhor, enquanto nos Salmos não é a ordem de adorar a Deus, senão a adoração em si mesma; não é o preceito, porém mais a prática.
Já nos Evangelhos, o Filho de Deus deu muitos mandamentos, leis e ensinamentos, enquanto em Atos vemos tais mandamentos levados à prática. Aprendemos o significado de Seus preceitos, vendo a maneira como o Espírito Santo inspirou seu cumprimento.
Por certo a mais relevante ilustração disto é a promessa da vinda do Espírito Santo para estar com os discípulos e Sua chegada no capítulo 2. Em conexão com o mesmo há a missão de pregar o Evangelho a toda criatura, fazendo discípulos de todas as nações, começando em Jerusalém.
Nos Atos dos Apóstolos notamos a grande mudança que se operou nos apóstolos ao vir sobre eles o Espírito Santo. Em seguida começaram a dar o seu testemunho e não cessaram enquanto tiveram vida. Nem ameaças nem perseguições puderam fazê-los calar.
Cristo disse em Lucas 24:47 que era necessário que arrependimento e remissão de pecados fossem pregados em Seu nome a todas as nações. Em João 20:21-23, temos outra versão da mesma missão, em que o Salvador ressuscitado os instrui que têm de ir com o mesmo espírito de amor e de sacrifício com que o Pai Celestial enviara o Filho, e que havendo recebido o Espírito Santo, todos eles teriam uma responsabilidade nova: “Se de fato perdoares os pecados, lhes são perdoados; se retiverdes, são retidos”.
Os apóstolos, ao receber o Espírito Santo, imediatamente pregaram o Evangelho – a remissão dos pecados no nome de Jesus Cristo – por meio de arrependimento e de fé no Senhor Jesus Cristo. Se os servos de Cristo pregam o perdão em Seu Santo Nome, há remissão de pecados para todos os que creem.
Em Atos vemos uma grande mudança, os temerosos e espantados discípulos se tornaram fortes e valentes apóstolos. Os governadores não conseguiram silenciar a mensagem que carregavam, onde eles foram verdadeiramente pescadores de homens, luzes no mundo, sal da Terra e fiéis testemunhas de Cristo.
Se os Evangelhos nos apresentam o Cristo da história, nos Atos temos o Cristo das experiências.
Claayton Nantes
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