Nº 1255 – ANO XXIV – 12 a 18 de outubro de 2024
Toda vez que contemplamos uma situação, podemos fazer isso de modo inteligente ou não inteligente. É duro admitir algumas vezes, mas quase sempre percebemos no mesmo instante qual das duas opções estamos utilizando, e somos capazes de antecipar as consequências de agir de uma ou de outra maneira.
Antes de entrar numa discussão, antes de ‘tomar partido’, antes da “situação explodir”, temos a opção de agirmos inteligentemente ou não, isso vai mais profundo e antecede a decisão do “livre arbítrio”.
Nossa capacidade para a inteligência é uma das características mais importantes de nossa “humanidade”. Ela é parte de quem somos e é como extraímos algum entendimento e algum sentido do mundo à nossa volta.
Já afirmava o grande filósofo e matemático Platão (que viveu de 428 a 347 aC.) que “A NECESSIDADE SERÁ NOSSA VERDADEIRA FORÇA CRIADORA”. Este aforismo, por vezes referido como “a necessidade é a mãe da invenção”, cabe como uma luva no processo quase inacreditável que levou ao desenvolvimento da capacidade humana para cognição.
Sob as pressões contínuas da seleção natural, a busca pela sobrevivência nos levou por um caminho de necessidades tortuosas que resultaram em um cérebro capaz de feitos cada vez mais extraordinários. Exatamente com essa premissa, nossos ancestrais dominaram o fogo, inventaram ferramentas, desenvolveram a linguagem, elaboraram técnicas de caça, aprenderam a usar a energia com equilíbrio sem morrer eletrocutado, adquiriram e acumularam conhecimentos sobre plantas, terrenos, estações do ano e até sobre si mesmos.
Precisamos definir a palavra inteligência. Inteligência vem do latim intellegere, que significa “compreender”. Mas uma compreensão que não promove mudança, adaptação, crescimento, evolução, progresso ou pelo menos algum tipo de sucesso não pode ser considerado exatamente “inteligência”. Essa inteligência se amplia à medida que nos tornamos mais conscientes. Quando somamos conhecimento e inteligência elas se multiplicam, porém, o conhecimento não passa do acúmulo de informações sobre diferenças e similaridades. Robert J. Seternberg psicometrista famoso de 2012, afirma que “Inteligência é a capacidade de aprender com as experiencias e se adaptar, selecionando e moldando os ambientes”.
Um grande segredo espiritual pouco conhecido é que Deus não responde as orações de Seu povo removendo as pressões, mas sim, aumentando-lhes a capacidade de suportá-las e vencer os desafios. Em geral, a pressão é uma cerca protetora entre o caminho estreito para a maturidade e a proteção contra o despenhadeiro da mornidão, da ruína e do fracasso. Poder e pressão caminham juntos. A pressão gera poder. E quanto maior for a pressão sobre você, maior será o seu poder.
Se você quiser mais ‘poder espiritual’, esteja preparado para enfrentar mais pressões na sua vida.
As riquezas naturais e coisas de grande valor, tais como petróleo, pérolas, diamantes são extraídas do processo de “tempo, muito calor e pressão”.
Segredos provados pela dor, aprovados pelo tempo, confirmados por quem os experimentou, devem ser guardados com carinho, no coração e na vida.
Um dos personagens que mais extraiu aprendizado das pressões foi o apóstolo Paulo.
Paulo passou por diversas aflições, em cada viagem missionária, em cada prisão, em cada carta que escreveu, mas tudo isso ele aprendeu, extraiu lições que o levaram a uma maturidade.
2 Coríntios 1:8-10 – “Não queremos, irmãos, que ignoreis a natureza da tribulação que nos sobreveio na Ásia, porquanto foi acima das nossas forças, a ponto de desesperarmos até da própria vida. Contudo, já em nós mesmos, tivemos a sentença de morte, para que não confiemos em nós e sim no Deus que ressuscita os mortos; o qual nos livrou e livrará de tão grande morte; em quem temos esperado que ainda continuará a livrar-nos”.
Se um cristão não sabe o que é pressão, nunca terá o conhecimento do que seja o poder. Quanto maior a pressão, maior o poder.Você já observou como a água é fervida em uma chaleira aberta? Estados Unidos tem muitas lanchonetes, cafeterias que vendem “água quente” 24h por dia, para fazer chás, cafés, sopas, caldos (o mundo do “instantâneo”), então se vende o sache e tem que dar “água quente”, agora, fervem água o dia todo e o vapor escapa e enche toda a casa, no inverno até aquece o ambiente, porém não está sendo utilizado esse “vapor” porque não tem pressão!
Agora, se fervermos a mesma quantidade de água e termos uma caldeira fechada que canaliza todo vapor. O vapor dessa caldeira pode mover uma locomotiva, um trem, ou um barco movido à vapor. Os operários acendem um fogo forte debaixo da caldeira permitindo que a água nela ferva, mas, diferentemente da loja que vende água quente, eles não deixam que o vapor escape, muito pelo contrário, canalizam e colocam pressão.
A caldeira, nesse caso é feita de aço grosso e o vapor é continuamente pressionado dentro dela. Ela começa a reunir força devido à pressão exterior, visto que o vapor não pode expandir-se, conduzindo ao seguinte resultado: ele se condensa numa espécie de “PODER”! E quando o poder do vapor é liberado por meio de uma pequena abertura, ele move toneladas e toneladas do trem, ou do barco.
Agora, o vapor na loja de água quente e o vapor na locomotiva são o mesmo. Por que, então, existe tal diferença no poder? O vapor gerado na loja é inútil, mas o da locomotiva é tremendamente útil. A razão é porque num caso não há pressão, permitindo que o vapor se disperse e se torne inútil; mas no outro caso, o vapor permanece constantemente sob pressão, é pressionado e canalizado por uma abertura e é, finalmente, transformado em grande poder.
Podemos extrair um tremendo aprendizado espiritual, derivado de uma lei física: onde não há pressão, não há poder, mas a pressão pode produzir poder e o faz!
Você é uma chaleira ou uma caldeira?
Claayton Nantes
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