Nº 1153 – ANO XXII – 29/10 a 04/11 de 2022
31 de outubro celebramos 505 anos da Reforma Protestante, movimento religioso que aconteceu na Europa no século XVI do qual nós somos oriundos.
Iniciado por um monge alemão que listou 95 teses que ele identificou em que a Igreja tinha se desviado da Verdade da Palavra de Deus.
Martinho Lutero não desejava criar um movimento religioso que se separasse da Igreja Católica, mas que a reformasse, uma vez que ele apresentou discordâncias de caráter teológico.
Segundo a tradição, Lutero teria afixado as 95 teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg como forma de demonstrar sua posição publicamente e de convocar um debate sobre a questão. Esse fato, que deu início à Reforma Protestante, ocorreu em 31 de outubro de 1517.
Sua tese que se tornou base de sua teologia, centralizava-se em: “a fé é a garantia da salvação e não as obras”.
E ao longo de sua vida, ficou estabelecido um princípio teológico conhecido como CINCO SOLAS, que são as bases importantes para o protestantismo:
Sola fide (somente a fé)
Sola Scriptura (somente as escrituras)
Solus Christus (somente Cristo)
Sola gratia (somente a graça)
Soli Deo Glória (glória somente a Deus)
A Europa estava passando por um período de profundas transformações. As estruturas políticas, econômicas, sociais e culturais que marcavam o continente durante a Idade Média estavam sendo substituídas. Havia expansão econômica e, politicamente, novos interesses e novas formas de governo se consolidavam.
A religião estava perdendo sua força, pois, a partir do Renascentismo, começou a se consolidar a ideia de que o homem era o centro de todas as coisas. A cultura renascentista também contribuiu para que as artes ganhassem novo fôlego, resgatando, sobretudo, o legado da cultura clássica. Assim, novas ideias e novas formas de enxergar o mundo foram difundidas com a invenção da imprensa, que beneficiou e muito na propagação da reforma.
A Igreja Católica, por sua vez, enfrentava uma crise de credibilidade, e sua contestação vinha desde a Idade Média. As críticas à Santa Sé tratavam de questões como a quantidade de terras e outras riquezas nas mãos da Igreja, a corrupção dos clérigos, o abuso do poder, etc. Assim, questionamentos eram realizados abertamente. Os casos dos valdenses e as críticas feitas por John Wycliff e John Huss são demonstrações claras de que a insatisfação com a Igreja Católica se arrastava por séculos. Os dois últimos, inclusive, são considerados precursores da Reforma Protestante.
Desde que o Espírito Santo de Deus desceu no Cenáculo, onde 120 pessoas estavam reunidas buscando o Revestimento do Espírito, a Igreja do Senhor Jesus Cristo passa por lutas, afrontas e perseguições, e não foi diferente quando aconteceu a Reforma, a qual a partir dela se estabeleceu um movimento intitulado de “contra-reforma”, que posteriormente vai gerar a “santa inquisição”, e dela os cruzados e tantos outros movimentos em nome de “combater os apóstatas, ou rebeldes”, sempre tem um grupo que se levanta contra os que querem permanecer cumprindo e obedecendo a Verdade da Palavra de Deus, e hoje não é diferente, dentro da própria Igreja chamada “Evangélica”, temos aqueles que permanecem firmados nos princípios bíblicos e lutando para cumprir as ordenanças de Deus em Sua Palavra, e temos aqueles que querem liberdade para modificá-la e criar suas próprias leis e princípios! Porém no fim, a Verdade sempre prevalece, e podem ‘passar os céus e a terra, mas a Palavra do Senhor não passará”.
Não podemos nos preocupar em querer agradar a homens, não podemos temer a homens, mas sim agradar e temer Àquele que além de ter poder para matar, tem o poder de mandar a alma para o inferno!
Claayton Nantes
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