Nº 1136 – ANO XXII – 02 a 08 de julho de 2022
Carl G. Jung, psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica, fundou o conceito de “Arquétipo” para representar padrões de comportamentos associados a um personagem ou papel social.
Padrões como “o sábio, o herói, mago, explorador, criador, rebelde, amante, tolo, cuidador, homem comum, inocente e governante” (esses são os 12 arquétipos que simbolizam motivações básicas dos seres humanos); e cada um de nós temos características semelhantes de personagens que admiramos.
Num contexto cristão esses “arquétipos” podem ser personagens associados à própria Bíblia.
Eu sempre tive em mente que nós temos um pouco de cada um dos personagens citados na Bíblia, pois ao observarmos seus comportamentos, sejam eles positivos e negativos, encontramos traços na humanidade dos dias de hoje, e sempre fazemos um paralelo com o comportamento de um personagem bíblico.
Segundo Jung, os arquétipos são resultado de milhares de vivências de diferentes gerações de seres humanos que vão se acumulando e formando o inconsciente coletivo; tal como uma ‘herança psicológica’.
Ao olharmos para os personagens bíblicos, fica fácil identificar os que se destacaram por sua sabedoria:
Moisés – não só pelo fato de ser o único hebreu estudado no Egito, pois seu povo era escravo. Mas ele, teve a oportunidade de estudar com os melhores mentores, formado em todas as ciências nas maiores e melhores faculdades da época, pois ele estava sendo treinado para ser o sucessor de faraó; porém, não só pela sua formação acadêmica, mas principalmente pela sua sensibilidade espiritual e a forma como desenvolveu seu relacionamento com Deus, lhe deu uma sabedoria superior a qualquer pessoa da sua geração, pois tinham longos períodos de comunhão e relacionamento com Deus, principalmente depois que viu a sarça que ardia e não se consumia; depois também de passar um longo tempo em jejum e comunhão com Deus no topo do monte, ouviu uma voz de dentro de uma nuvem que lhe disse: “entra na nuvem”.
Outro que destacaria como um modelo de sabedoria é o sábio rei:
Salomão – numa experiência que teve com Deus numa visão à noite, onde Deus lhe pergunta o que ele quer, e ele responde: SABEDORIA.
Deus lhe deu não só sabedoria, mas muita riqueza, por não ter pedido riqueza e nem a cabeça de seus inimigos; mas por ter pedido sabedoria.
E o que dizer de Daniel, na Babilônia?
Daniel – um homem que recusou se contaminar com os manjares da Babilônia e determinou seu cardápio diante do chefe dos eunucos; Deus o revestiu de sabedoria, força, entendimento de uma maneira sem igual.
Esses foram homens que desfrutaram não só de uma sabedoria humana, terrena, mas também uma sabedoria divina e espiritual.
O Apóstolo Tiago nos diz em sua carta: “E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé, não duvidando porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma para outra parte”. Tiago 1:5-6
O apóstolo Paulo também nos apresenta “tesouros da sabedoria e da ciência que estão escondidos em Jesus Cristo”. Colossenses 2:3.
Ao olharmos para Moisés, Salomão, Daniel, e porque não dizer o apóstolo Paulo também, com uma tremenda sabedoria, podemos não só nos espelharmos neles, mas também podemos pedir ao Senhor uma sabedoria que transcenda a sabedoria humana, carnal e terrena, pois diante dos desafios que estamos previstos viver nos próximos dias vamos precisar de uma tremenda sabedoria para sermos bem-sucedidos e acima de tudo, aprovados pelo Senhor para cumprir com excelência a carreira que nos está proposta. Peça a Deus sabedoria.
Claayton Nantes
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