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Foto do escritorClaayton Nantes

BOLETIM 1039 - Santa Convocação

Nº 1039 ANO XX 23 a 29 de agosto de 2020


Deus sempre quis um povo na Terra para que estabelecesse Seu Reino; para que esse povo fosse embaixadores, Seus representantes “dos céus na Terra”.

Como Deus queria uma nação, Ele escolheu um homem – “Abraão”; e de Abraão, o Senhor renovou Sua aliança em seu filho Isaque, seu neto Jacó, e, a Jacó o Senhor deu 12 filhos, sendo que o 11º filho – José, foi para o Egito, e levou toda sua família para o Egito, à saber, 70 pessoas, que ficaram 430 anos no Egito, e através desse tempo no Egito, o Senhor formou uma nação.

Deus ordenou Moisés dizer a Faraó: “Deixa meu povo ir, para que me preste culto no deserto”.

Desde o momento que o Senhor estabeleceu um povo, Ele fez “Santas convocações” para que todo o povo comparecesse e se posicionasse diante dEle, para que Ele pudesse instruir, direcionar, proteger, e revelar Sua vontade para esse povo!

As “Santas Convocações” eram feitas em formato de “Festas Judaicas” com um fim profético e também uma mensagem cristofânica.

O povo de Israel tinha três grandes festas anuais: a Páscoa, o Pentecostes e a Festa dos Tabernáculos.

Todas elas eram precedidas de uma “santa convocação”.

Convocação é um chamado, um convite, uma intimação que os levava à obrigatoriedade em comparecer.

Na verdade, era a forma de reunir toda a congregação diante de Deus, pois essas festas estabelecidas por estatuto perpétuo se tornaram uma data na agenda de Deus, onde Deus marcou um compromisso de se manifestar ao Seu povo; tanto é, que as “festas judaicas” ficaram conhecidas como o tempo quem os “céus estão abertos” de Deus aos homens.

Foi na primeira páscoa, que o Senhor estabeleceu o sacrifício do cordeiro, havia sangue nos umbrais e na verga da porta onde houve a morte de um substituto, apontando para o sacrifício de Cristo Jesus, porém nesta mesma noite de páscoa, no arraial egípcio não houve o substituto, e por causa disso, em toda família egípcia houve morte do primogênito. Agora, Jesus é tanto o “primogênito”, como também é o “cordeiro de Deus” que tira o pecado do mundo; por isso, foi numa festa de páscoa, que Ele foi sacrificado numa cruz, e Sua morte traz vida a todo aquele que O confessar como Senhor e Salvador de sua vida.

Foi numa Festa de Tabernáculos que Ele manifestou a Sua glória, assim como os estudiosos chegam à concordância que Jesus nasceu numa “festa de Tabernáculos”, visto que o texto no original nos afirma que Ele Tabernaculou entre nós!

Nos sete dias da Festa de Tabernáculos, as famílias montam “barracas”, ou “cabanas” para relembrar que seus antepassados habitaram em tendas construídas no deserto até conquistar a Terra Prometida; com o objetivo de lembrar ao povo a peregrinação dos hebreus no deserto por quarenta nãos, sempre sendo sustentados pelo Senhor..

Foi numa festa de pentecostes que Deus revelou a Lei, Sua Palavra. Entregou a Toráh para Moisés; assim também, como foi num pentecostes que Deus enviou o Seu Espírito, e foram vistas por eles línguas repartidas como que de fogo, ao som de um vento impetuoso e veemente.

Uma convocação solene tem um belíssimo significado que é trazer todo o povo à presença de Deus. No judaísmo mesmo o sábado que, como bem sabemos, acontece semanalmente, é uma santa convocação, veja: “Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: As solenidades do Senhor, que convocareis, serão santas convocações; estas são as minhas solenidades: Seis dias trabalho se fará, mas o sétimo dia será o sábado do descanso, santa convocação; nenhum trabalho fareis; sábado do Senhor é em todas as vossas habitações.” Levítico 23:2-3.

Quando olhamos para o texto do profeta Joel 2:12-17“Ainda assim, agora mesmo diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes, e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e tardio em irar-se, e grande em beneficência e se arrepende do mal. Quem sabe se se voltará, e se arrependerá, e deixará após si uma bênção, em oferta de manjar e libação para o Senhor, vosso Deus? Tocai a buzina em Sião, santificai um jejum, proclamai um dia de proibição. Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai os filhinhos e os que mamam; saia o noivo da sua recâmara, e a noiva, do seu tálamo. Chorem os sacerdotes, ministros do Senhor, entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa o teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele; porque diriam entre os povos: Onde está o seu Deus?”

Jesus questionado pelos discípulos de João Batista se os seus discípulos não jejuavam, Ele responde: “Podem, porventura, andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias, porém, virão em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão. Ninguém deita remendo de pano novo em veste velha, porque semelhante remendo rompe a veste, e faz-se maior a rotura. Nem se deita vinha novo em odres velhos; aliás, rompem-se os odres, e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres novos; e assim ambos se conservam”. Mateus 9:15-17.

E no Novo Testamento? Não temos santas convocações? Podemos dizer que todas as festas que celebram eventos no Novo Testamento, estão debaixo da lei da santa convocação, porém não é uma convocação consciente, do tipo geral, que seja obedecida em todos os arraiais cristãos.

Acontece que a santa convocação no Novo Testamento foi estabelecida a partir da primeira vinda de Jesus e é a maior convocação de que se tem notícia na história da humanidade, porque é uma convocação geral, ampla, feita a todos os povos, línguas e nações e que é sempre atual, veja: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” Mateus 11:28-30.

Jesus convoca todos os que estão cansados e oprimidos, para um lugar de descanso. É uma proposta irrecusável, que dura por toda a eternidade.

A muito tempo o Senhor vem colocando em nosso coração estabelecer um tempo de jejum e oração, e agora, percebo que essa convocação tem sido a diversos homens e mulheres de Deus, os quais estão se unindo neste final de semana – dias 21, 22 e 23 de agosto para consagrar um jejum, diante do tempo escatológico que estamos vivendo. Diante das ocorrências mundiais que desencadearam politicamente neste período de pandemia precisamos mortificar a carne e apurar o nosso espírito para entendermos o que o Senhor quer da Sua Igreja.

É hora da Igreja se levantar em oração e jejum para entender o que o Senhor quer fazer. Satanás tem se levantado contra a Igreja de Cristo, o diabo tem planejado ataques e a igreja não pode ficar indiferente.

É hora da igreja se posicionar. É hora da igreja ter estratégias de intercessão.

Nossa luta não é contra carne e nem sangue, mas sim, contra principados e potestades; e essa batalha só vencemos através da oração e do jejum.

Estaremos 3 dias em oração com o propósito de buscar santidade, purificar nossos corações e nossa mente para não sermos distraídos com os ardis psicológicos de satanás. Um período de arrependimento e quebrantamento.

“Purifica-me e serei com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve”. Salmo 51:7

Cada cristão deve orar individualmente, clamando para que o Espírito Santo revele nosso papel na sociedade, o que devemos fazer nestes dias, qual a direção que o Senhor quer que façamos para corresponder às expectativas do Senhor.

Devemos orar, e perguntar ao Senhor como igreja, Corpo de Cristo, como devemos nos levantar como Igreja nesta geração. Essa hoste de violência, rebelião só vai ser vencida e detida em jejum e oração.

“Então, darei lábios puros aos povos, para que todos invoquem o nome do Senhor, e o sirvam em comum”. Sofonias 3:9

O Senhor está nos chamando para nos purificar para que possamos invocar o nome dEle, para que possamos trabalhar em unidade, em comum acordo.

O Senhor revelará isso a nós. Ele está esperando que nós nos posicionemos, Ele está esperando que nós O busquemos. É hora de nos levantarmos pela nossa geração e pela nossa família, não podemos nos calar, assim como o Senhor disse com Ester, através de Mardoqueu. Some conosco nesse jejum nesta semana.

Claayton Nantes

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